Beldades contratadas para promover marcas dizem que campuseiros são ruins de papo
Com a abertura do setor grátis da Campus Party, na terça-feira (18), as modelos que trabalham nos estandes dos patrocinadores do acampamento nerd tentam dividir a atenção do público.
Tentaram. Os campuseiros (como são chamados os participantes do evento) parecem mais interessados nas telas dos computadores do que nas beldades. E as modelos colocaram em dúvida o "poder de sedução" dos geeks e disseram que eles têm dificuldades de puxar papo com garotas.
Vivian Higa, 23 anos, é a promoter mais próxima do público da Campus Party. Ela joga videogame e tem amigos campuseiros. Veio com uma tiara e rabo de gato, um símbolo clássico da cultura pop nerd. A proximidade também rende cantadas disparatadas.
- Alguns chegam e me dizem "miau", outros rosnam... não dá, né?
A reportagem pôde testemunhar a aproximação de dois rapazes a uma dupla de garotas que promoviam uma marca de macarrão instantâneo. Eles começaram as chamando de "tias". A cantada terminou mais rápido do que o tempo de preparação da comida divulgada.
Ana Cristina Gomes, de 26 anos, trabalha pela primeira vez como promoter na Campus Party. Ela tem experiência de cinco anos em eventos e logo no primeiro dia já deu uma cutucada nos participantes.
- Aqui o público é bem diferente. Eu poderia estar pelada que eles nem iriam me dar bola.
Entre as suas experiência em mais de cinco anos trabalhando em eventos, Ana Cristina já conheceu um outro tipo de nerd durante a Anime Friends, feira de cultura pop japonesa que também traz apaixonados por videogames. Segundo Ana Cristina, no outro evento as pessoas davam pause nos jogos sempre que ela passava.
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