17 fevereiro 2009

Dragon Ball' chega aos cinemas em abril e já desperta críticas


Adaptar uma história em quadrinhos (especialmente se for japonesa) ou uma série de videogame não é uma tarefa fácil. São duas vertentes que atormentam os grandes estúdios que se submetem a fazer essa tarefa. A primeira é a legião de fãs exigentes que uma franquia costuma ter e a segunda são as alterações necessárias no roteiro para agradar os olhos da platéia americana, que costuma ser o termômetro para que um filme dê certo ou não. Com Dragon Ball não foi diferente.

A multimilionária franquia japonesa, que tem mais de 500 episódios em série animada e 42 volumes de mangá, já esteve na gaveta da Fox há muito tempo, desde que o desenho tornou-se um sucesso mundial. Por anos, Dragon Ball também figura na lista dos 100 nomes mais procurados no Google, o que dá uma certa responsabilidade na mão de seus realizadores.

Dirigido por James Wong (de Kung Fu-são e Shaolin Soccer), o filme já despertou a ira de fanáticos que detestaram as óbvias alterações feitas na história. Enquanto no anime e mangá, o protagonista Goku é um inocente menino da selva, no longa-metragem ele se tornou um colegial com os hormônios à flor da pele que vive se metendo em encrencas, por não se adaptar ao mundo em que vive.

Mas, no geral, a trama é a mesma: Goku e seus amigos devem procurar as sete esferas do dragão, que unidas podem realizar qualquer pedido, para brecar uma ameaça que pode destruir a raça humana. O que parece realmente afetar a turma que seguiu o anime, na verdade, é o estilo dos personagens, todos diferentes do desenho. A fantasia da versão animada deu espaço a um mundo futurístico, com lutadores high-tech dotados de poderes especiais.

As primeiras críticas dos fãs, quando as imagens e vídeos foram jogadas na internet, deixaram o estúdio de "cabelos em pé". Previsto para estrear em agosto do ano passado, o filme foi adiado e algumas cenas refeitas para agradar os indignados. Tentando desviar um pouco da atenção que o anime desperta, a Fox mudou o nome do filme para Dragonball: Evolution, indicando que ele seria uma "evolução" do desenho animado, em uma espécie de mundo paralelo.

A verdade é que, aos poucos, os críticos foram se rendendo e Dragon Ball já é um dos filmes mais esperados do ano. Até o criador da franquia, Akira Toriyama, pediu que os fãs assistissem à adaptação com "outros olhos".

Resta saber se James Wong terá capacidade suficiente para segurar o filme e torná-lo uma cine série de sucesso, algo que não aconteceu com outras produções de risco, como Speed Racer e Street Fighter.

Adaptação do mangá Blood: The Last Vampire ganha comercial de TV

A adaptação ao cinema do anime Blood: The Last Vampire teve divulgado um comercial de televisão. Veja abaixo Saya (Jun Ji-Hyun), uma vampira que trabalha para uma organização secreta do governo que caça e destrói demônios no Japão pós-Segunda Guerra. A missão da sanguessuga é se infiltrar em uma escola militar e descobrir qual estudante é um demônio disfarçado.

A produção da EDKO Film é dirigida pelo francês Chris Nahon (Beijo do Dragão). O roteiro foi adaptado por Ronny Yu, conhecido diretor de Hong Kong que assinou em Hollywood filmes como A Noiva de Chucky e Freddy Vs. Jason.

Blood: The Last Vampire estreia em março nos EUA.


Animação japonesa usa o Brasil como cenário

Nem todas as animações japonesas se passam em mundos de fantasia medievais ou em planetas cheios de bichinhos colecionáveis. Algumas vezes elas podem acontecer em mundos muito mais familiares, como aquele que você encontra em “Michiko e Hatchin”.
Com cenário inspirado no Brasil (uma favela no Rio de Janeiro, nos primeiros episódios), a série estreou no Japão na segunda metade de 2008, e é produzida pelo estúdio Manglobe, responsável por animês famosos como “Samurai champloo”.

“Michiko e Hatchin” conta a história de Michiko Malandro, uma mulher que foge da prisão para resgatar Hana “Hatchin” Morenos, que está sofrendo nas mãos de seus pais adotivos. Os episódios, nomeados com termos em português, mostram favelas, pontos tradicionais do Rio de Janeiro e incluem até mesmo uma viagem para a Amazônia.

Ainda não existe previsão para a estreia de “Michiko e Hatchin” no Brasil – a série está chegando nos últimos episódios no Japão. Apesar disso, é possível encontrar na internet versões legendadas em português dos episódios exibidos no Japão.

Fidelidade

O animê tem uma fidelidade com a ambientação que é difícil de encontrar em outras produções internacionais que se passem no Brasil. “Até a moeda corrente é desenhada igual ao real”, conta Hiromi Konishi, coordenadora de projeto do animê (como são chamadas as animações japonesas).
Em busca dessa “inspiração” brasileira, os produtores da série (incluindo a diretora Sayo Yamamoto) vieram até o Brasil em 2007.

Outro ponto brasileiríssimo do animê é a trilha sonora, coordenada por Shinichiro Watanabe (diretor do animê “Cowboy bebop”) e assinada pelo carioca Kassin (+2 , Artificial, Orquestra Imperial), marido de Konishi.

Trabalhando à distância, Kassin diz que só vê a animação muito tempo depois de terminar as trilhas: Recebo roteiros e sugestões de como devem ser as músicas, essas sugestões vêm do Shinichiro e são muito precisas”, diz, elogiando o diretor, “a direção musical dele é brilhante”.

Cantam na trilha, em português, Thalma de Freitas, Nina Becker, Bnegão, Wilson das Neves, Ritchie e o próprio Kassin - enquanto a música de abertura, “Paraíso”, fica a cargo do grupo japonês Soil & “Pimp” Sessions. O disco com a trilha sonora original foi às lojas no Japão 23/1/09.

Criador do mangá e anime comenta Dragonball: Evolution

Akira Toriyama, criador dos mangás e animes de Dragon Ball, enfim falou sobre a adaptação de seu trabalho às telonas.

Ao site japonês Oricon, o mangaka disse: "Como o criador do original eu primeiro tinha uma sensação de "ãh?", depois de ver o roteiro e os desenhos de personagens. Mas o diretor, todos os atores, a equipe e todo mundo são simplesmente pessoas de 'ultra' alto gabarito. Talvez a melhor maneira para que eu e todos os fãs possamos apreciar [o filme] é pensar nele como um Dragon Ball de uma dimensão diferente. Talvez ele possa se tornar uma grande obra. Estou querendo ver!"

James Wong (Premonição) dirige o filme para a Fox o longa a partir de seu roteiro. A produção é de Stephen Chow, o ator e diretor de Shaolin Soccer e Kung-Fusão. A estreia acontece em 3 de abril de 2009.

05 fevereiro 2009

Mangá de Speed Racer sairá finalmente no Brasil


Com seu filme lançado ano passado,as aventuras de um dos personagens mais famosos dos mangás, Speed Racer. E os leitores brasileiros finalmente poderão ler os quadrinhos de Speed. A editora New Pop anunciou para este ano o lançamento de dois volumes com suas aventuras completas.

Criado por Tatsuo Yoshida, Speed Racer teve suas histórias publicadas entre 1966 e 1968 na revista Shonen Book. A partir daí, virou o desenho animado que conquistou o mundo, teve remakes e o filme dos irmãos Wachowski.

No Brasil, só chegaram alguns fragmentos do mangá original - o último deles pela editora Conrad em 2002 - em preto e branco. A versão anunciada pela New Pop promete o material integral a cores.

A editora prometeu para breve informações sobre número de páginas, formato e preço. Enquanto isso, fique com o preview que ela nos enviou, abaixo, na galeria.

Brasileiro ganha prêmio em festival de arte no Japão





Uma instalação feita por um artista brasileiro é um dos destaque deste ano do maior evento de animação, mangá e arte high-tech do Japão, o Japan Media Arts Festival.

A instalação interativa "Oups!", de Marcio Ambrosio, que mistura movimentos humanos com animação, ganhou o prêmio principal da categoria Arte e foi uma das mais concorridas na abertura da exposição.

Durante os 11 dias de evento, o visitante vai poder ver, ouvir e interagir também com outras 169 obras, escolhidas de um total de 2.146 inscrições de 44 países.

Nas categorias mangá, entretenimento e animação, os ganhadores foram todos japoneses.

"Tenori-on", ou algo como "som na palma da mão", foi um dos vencedores.

Este aparelho funciona como um instrumento musical digital, que mistura sintetizador com sequenciador.

Apresentado ao público em 2005, o aparelho é hoje usado por Bjork, Radiohead, Kraftwerk, entre outros músicos.

Ele foi desenvolvido pelo técnico de som da Yamaha, Yu Nishibori, em parceria com Toshio Iwai.
Japan Media Arts Festival

Neste 'jogo', a pessoa terá de levar o boneco, projetado digitalmente numa tela grande, para fora do cubo

O mercado de produtos digitais no Japão é um dos mais lucrativos do mundo.

A demanda por novidades é grande e o mercado para arte digital tem crescido nos últimos anos.

Por isto, o festival é considerado um dos mais importantes do país. Ele traz trabalhos que usam as mais novas técnicas e tecnologias digitais.

'Oups!'


Na instalação do artista brasileiro, a idéia é transformar o visitante no ator principal de uma sequência animada.

É como se estivéssemos no filme Uma Cilada para Roger Rabbit.

"Ele nasceu da vontade de misturar novas tecnologias com a animação clássica de forma artística e ao mesmo tempo lúdica", contou Ambrosio à BBC.
Japan Media Arts Festival

Nesta instalação o visitante pode usar o celular para 'pescar' os peixes


Foi da reação dos primeiros que "viram" o trabalho que surgiu o nome.

"Oups é uma palavra que, quando pronunciada, expressa surpresa quando se tem contato com algo inesperado", explicou Ambrosio.


A obra surgiu há um ano e já participou de outros festivais. "Mas é a primeira vez que ganho um prêmio com um trabalho", contou.
Obra do artista brasileiro Marcio Ambrosio no Japan Media Arts Festival

Os japoneses se divertiram com a instalação Oups!



Formado em desenho industrial e artes, o brasileiro atuou em diferentes áreas como animação, propaganda e pós-produção.

Em 1999, ele foi para a Bélgica, onde trabalhou em estúdios de pós-produção de longas-metragens, documentários e comerciais de propaganda.


Em 2004 formou o coletivo Zzzmutations, criado para produzir curtas-metragens de animação e desenvolver projetos experimentais.

De volta ao Brasil, montou o estúdio de criação Kosmo para aplicar seu talento e experiência no mercado brasileiro.


Agora o artista sonha em criar uma videoteca de animações, um canal para ilustradores, animadores e grafistas de todo o mundo.

"Quem quiser criar uma animação para o Oups! pode me mandar o trabalho e vamos incluí-lo", disse.


Assim, a cada nova exposição, sempre existirão novidades e animações inéditas, o que dá um caráter de projeto infinito ao trabalho.

Gueixas inspiram visual de banda japonesa de rock que se apresenta em São Paulo




Os moderninhos ligados na cultura japonesa terão um prato cheio na última semana de fevereiro. É que a banda Kagrra, nascida em Tóquio no fim dos anos 80 faz apresentação única em São Paulo. Formada por 5 rapazes na faixa dos 30 anos, o Kagrra faz um baita sucesso entre meninos que gostam de meninos, tanto no Japão quanto fora dele. Talvez isso se explique pelo visual excêntrico adotado pelos integrantes, que abusam dos leques e outros instrumentos típicos japoneses.


As gueixas, figuras extremamente femininas, também servem de inspiração para o figurino do Kagrra. As letras das músicas, que não raro falam de amores fracassados, aproximam o Kagrra do estilo musical conhecido como emocore e atraem os meninos mais românticos, algo tão comum entre a geração mais nova.

Na turnê que trazem para São Paulo, os rapazes já desfilaram seu som e sua androginia por alguns países da Europa e da América Latina.

No Brasil, a adesão à manifestações da cultura pop nascidas no Japão como o Cosplay já é considerável. Eventos de desenhos animados japoneses, os animes, sempre atraem um bom público. As salas Yaoi, que contemplam animes de temática gay e lésbica, são sempre algumas das mais concorridas.

Show do Kagrra
22 de Fevereiro de 2009 às 18 horas.
Grande auditório do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa)
Rua São Joaquim, 381 - Liberdade
Ingressos: R$ 120 (inteira)
Mais informações pelo (11) 3275-1596